Amor masoquista
Não quero de um amor somente um beijo.
Nunca pensei beijar alguém impunemente. Não me seduz amor vulgar e indecente. Não são sussurros nem espasmos meu desejo. Por isso sigo em seu encalço, sem desvio. Inconseqüente, como fosse a morte lucro. Mas nem sonhando a hora doce do sepulcro Posso enxergá-la em nebuloso desvario. Agora sei, não é seu corpo desejado. Basta amá-la como um vulto escondida A cravejar-me com o punhal da despedida. Se é de ti sadismo cego, tresloucado, Quero sugar a amarga dor de tê-la amado Até que jorre de seu peito a própria vida. (do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)
Carlos Augusto Cacá
Enviado por Carlos Augusto Cacá em 08/02/2007
Alterado em 15/11/2007 |