Augusto Cacá

A poesia representa o homem para que ele se reconheça, se estranhe e se transforme. Fadas Guerreiras

Textos

Dançarina
E se você for atéia,
Se for uma dançarina
Que solta a perna pra cima
Enfeitiçando a platéia.

Se for outra Dulcinéia
Das minhas noites errantes
Na cavalaria andante.
E se for minha miragem
De encontrar na estalagem
Outra prostituta amante.

Ah se eu for o cavaleiro
De sua triste figura,
Requentado e destemido.
Ah se eu for o seu guerreiro
Reerguendo a armadura
Em que me encontro esquecido.

Vai acabar o mistério,
Vai sobrar tanta alegria
Que a nossa cavalaria
Vai desmoronar impérios.
Vai ser tanto despautério
Horrorizando a nobreza,
Que essa nossa chama acesa
Trará de volta a esperança
Pra entrar na contradança,
Dançarina, camponesa.

(do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)
Carlos Augusto Cacá
Enviado por Carlos Augusto Cacá em 19/02/2007


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