Dançarina
E se você for atéia,
Se for uma dançarina Que solta a perna pra cima Enfeitiçando a platéia. Se for outra Dulcinéia Das minhas noites errantes Na cavalaria andante. E se for minha miragem De encontrar na estalagem Outra prostituta amante. Ah se eu for o cavaleiro De sua triste figura, Requentado e destemido. Ah se eu for o seu guerreiro Reerguendo a armadura Em que me encontro esquecido. Vai acabar o mistério, Vai sobrar tanta alegria Que a nossa cavalaria Vai desmoronar impérios. Vai ser tanto despautério Horrorizando a nobreza, Que essa nossa chama acesa Trará de volta a esperança Pra entrar na contradança, Dançarina, camponesa. (do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)
Carlos Augusto Cacá
Enviado por Carlos Augusto Cacá em 19/02/2007
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