Augusto Cacá

A poesia representa o homem para que ele se reconheça, se estranhe e se transforme. Fadas Guerreiras

Textos

O quiproquó da formiga
Eu acho engraçado a formiga.
Ela é muito barulhenta.
Quando o dia à tarde esquenta,
Ela dá dô de barriga.
Aí ela vai e grita.
Parece gritá com alguém.
Que num sei o quê que tem.
Que tem isso e tem aquilo.
Acaba atraindo os grilo
Que vai gritano com ela
E vira aquela novela
Como um trem fora dos trilho.

Mas isso não fica assim.
Ainda tem a cigarra.
Essa aí intão agarra
Na gritaria sem fim.
Uma até falou pra mim:
- Eu grito eu num sei porquê.
Tomém num quero sabê,
Mais, s'eu num gritá, eu morro.
E dana a lati cachorro,
A cantá sapo na lagoa
Por causa da coisa à toa
D'uma formiga de nada
Que, inveis de ficá calada
Cum sua dô de barriga,
Inventô toda essa intriga
No meio da madrugada.
Carlos Augusto Cacá
Enviado por Carlos Augusto Cacá em 31/10/2012
Alterado em 31/10/2012


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